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Mostrando postagens de fevereiro, 2018

LENTAMENTE.

“ eu tenho tantas mortes de perfil que por isso não morro, sou incapaz de fazê-lo ” Pablo neruda Eu não morrerei de uma vez só Estou morrendo do dia em que nasci, Em processo lento de morte Do dia em que fui posto neste mundo. Eu não morrerei de uma vez T enho sim uma agulha cravada no peito Q ue não faz sangrar normalmente M as onde é hemorragia contínua. N ão morrerei assim rápido, M orro diariamente C omo quem sorri C omo quem sente alguma alegria. Eu morro devagar, L ento, E ainda assim re nascendo diariamente. M orr erei como quem nasce D olorosamente. E vou espalhando meus pedaços P elos quatro cantos da cidade R uas e praças P ostes e barres E quem me vê andando Nada sabe da dor que falo. 25/02/2008 23:22

04/02/2018

Ontem, nesse mesmo horário, eu estava na casa do meu amigo. Sentados, tomando uma baldada, nós conversávamos sobre os rumos do mundo e da humanidade. Não era nada pretensioso, nós só estávamos tentando entender o que está acontecendo. E no nosso ponto de vista, o mundo vai mal. Mais já vai mal a muito tempo também. Só está piorando. Talvez nunca existiu um momento em nossas vidas em que existiu tanto medo social como está acontecendo agora. Gente cada vez com mais medo de gente. Uma das coisas que mais se falam hoje em dia é “Não confie em ninguém”. Um dos conselhos no momento é “Não saia de casa, se não for extremamente necessário”. Gente com medo de gente. Gente com medo de andar na rua e sofrer algum tipo de violência. Mas não foi sempre assim. 20 anos atrás, era natural ver pessoas sentadas em calçadas em muitos bairros da cidade até tarde da noite. 20 anos atrás era normal você andar em um bairro estranho, pedir água em alguma casa, e ser atendido. Hoje em dia, falávamos, isso nã