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Mostrando postagens de setembro, 2017

O PERIGO.

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Acordo e já é dia, o sol entra pelas cortinas. Não sei que horas são. Então viro pra mesinha ao lado da cama e vejo no relógio digital em cores vermelhas que já passam das nove. Olho pro quarto espaçoso. Me sinto cansado. Ontem bebi muito. Sei que ela me trouxe pra cá, e já foi embora. Provavelmente pro trabalho. Não deixou recado no travesseiro ao lado, como nos filmes. Levanto da cama. Caminho um pouco pelo quarto, vou até a janela e vejo a rua. Um garoto passa de bicicleta. Vou ao banheiro. Espaçoso. Essa casa é boa, ela deve ter um bom emprego. Lavo o rosto. Saio. Caminho pelo corredor e encontro a cozinha, abro a geladeira. Ela tem um bom emprego. O que a fez me trazer aqui ontem? O que queria com um cara como eu? E ela foi embora e me deixou em sua casa. Caminho até a sala e sento no sofá, me esparramando como se isso tudo fosse meu por alguns minutos. Mas nada disso poderia ser meu, nada disso foi feito para um cara como eu. Sei que poderia me acostumar com isso, e então é onde

A PEDRA.

Caminhava e sentia com a mão O silêncio de minha pedra de estimação Que levava dentro de meu bolso. Meus olhos escorregaram até meus dedos, Assim eu via tudo a cada minuto que existia, E isso levou horas Levou inteiro o dia. A pedra cresceu no bolso, Tive que carregar dentro de uma bolsa De tão grande que ficou. Dentro da bolsa a pedra explodiu, Soltando água que nela existia E comigo, senti tudo mais pesado. 16/01/2008 18:31