NOITE.
Frio. Frio pra caramba. Às vezes ficar a noite inteira aqui faz um
frio medonho. Algumas noites são bem quentes nesta cidade, mas
também faz frio. Pior quando chove. E ainda assim ficar por aqui
está cada vez mais complicado, encontrar um bom ponto. Frio. Ainda
assim é melhor que o calor. E existem essas pessoas que passam
olhando. Do outro lado da rua, que a maioria tem medo de caminhar
neste lado da calçada. Eles mudam de calçada, mas, mesmo assim,
ainda olham. Dá para saber o que pensam. Mas com isso nem me
incomodo. Já quase acostumada a encarar o olhar frio das pessoas. Eu
também as julgo.
Um carro se aproxima. Eu me aproximo. Mostro os peitos. Pergunto o
que vai ser. Ele pergunta quanto. Eu digo. Ele tenta baixar o valor.
Eles na maioria das vezes sempre tentam baixar o valor. Digo que vale
o que cobro. Ele diz está bem. Falo que tem um motel perto daqui.
Ele diz vamos.
Dentro do carro o silêncio. E o frio do ar-condicionado. Ele
pergunta se chupo bem, quebrando o silêncio. Digo que espere, que
logo verá. Ele diz que gosta de uma chupeta. Eu digo que gosto de
chupar. Ele passa a mão em minha perna. Penso que ainda faltam cinco
prestações da geladeira pra pagar. Ele coloca uma música apertando
o play, alguma música suave que não conheço. Pergunta se gosto.
Devolvo-lhe um sorriso. É claro que gosto de música suave, amor.
Pede um quarto. Um simples mesmo. Entramos. Estaciona o carro, stop
na música. Vamo lá gatinha, é o que ele diz antes de sair do
carro. Entramos no quarto. Frio. O ar ligado. Devem ter usado há
pouco. Digo que vou ao banheiro. Faço xixi, depois me lavo com o
chuveirinho. Saio e ele está deitado na cama só de cueca, mexendo
no pau olhando pro filme pornô na TV. Ele pergunta se recebo antes
ou depois. Antes, é bem melhor pra mim, amor. E se eu me arrepender,
ele fala. Você não vai.
Depois que ele dá o dinheiro, peço que vá ao banheiro se lavar.
Ele vai, e pede que eu vá tirando a roupa. Eu obedeço. Tiro a saia
e o top. As sandálias. Fico só de calcinha. Ele volta do banheiro
com o pau na mão já duro e ainda molhado. Vêm cá, vem bebê, bota
ele na boca bota. Ele fala. Eu me aproximo. Me agacho, e de joelhos
realizo minha oração de todos os dias com seu pau em minha boca.
Que nunca me falte piroca pra pagar o aluguel, as contas de água,
luz e telefone, e o dinheiro pro supermercado.
Isso meu bem, chupa direitinho, te disse que gosto de uma chupeta.
Ele fala enquanto engulo seu pau lhe dando o que ele tanto gosta.
Isso, isso, coloca todo dentro da garganta, eu quero sentir na
garganta. Enfio todo, até engasgar. Isso, porra. Ele geme quase
gritando. Retiro da boca depois de engasgar, dou um sorriso e digo, é
muito grande amor, me engasguei. Ele sorri de cima e me pede pra
continuar. Digo pra ele sentar na cama, ele faz, eu continuo a chupar
seu pau. Ele gemendo me pede pra tirar a calcinha. Pede que eu venha
pra cima dele e coloque minha boceta em sua boca. Coloco e ele de
baixo lambe, chupa, diz que quer morder. Coloco em sua boca enquanto
coloco seu pau na minha boca.
Ele gemendo pede para que eu venha e sente em cima dele. Procuro a
camisinha, pego, coloco no pau dele com a boca, depois sento. Ele
olha com cara de quem gosta. Faço os movimentos. Pra cima e pra
baixo, seguidas vezes. Ele gosta, sorri, diz que continue bombando, e
eu continuo. Ele pega em meus seios com força, coloca na boca, lambe
os bicos, chupa com força. Sinto um pouco de dor mais não falo. Os
retiro de sua boca, seguro seu rosto, depois seguro suas mãos, e
continuo a fazer os movimentos cada vez mais rápidos. Goza, meu
amor, goza pra eu ver. Goza que quero te ver gozando, falo pra ele.
Ele sorri, geme, geme alto. Cada vez mais, até soltar um grito e
ficar com o rosto todo vermelho. Ele goza com vontade, como se a
muito não tivesse feito isso. Vou parando, parando. Saio de cima
dele. Me sento ao lado. Ele olha para o teto. Me sorri. Foi muito
gostoso, bebê, fazia tempo que não dava uma gozada desse jeito. Ele
fala. Foi gostoso amor? Pergunto. Sim, bastante. Você chupa muito
bem. Ele diz. Eu lhe retribuo um sorriso e digo obrigada. Sabe, minha
mulher não faz boquete, não gosta, daí sempre tenho que recorrer
as putinha na rua. Ele ri. Dou um sorriso e me levanto, vou até o
banheiro. Lavo a boca, a boceta. Volto, daí é ele que entra.
Enquanto toma banho me visto. Assisto a uma loira gemendo enquanto
leva na bunda. Ele sai do banheiro e vai se vestir. Pergunta se quero
uma carona para onde me pegou. Digo que agradeço. Paga a conta.
Saímos do quarto frio do ar-condicionado. Entro em seu carro também
frio pelo ar. Ele coloca a mesma música suave que não conheço.
Obrigada bebê, ele diz ao parar perto de meu ponto. Cê fica sempre
aqui? Pergunta. Respondo que sim, que sempre estou neste ponto. Ele
diz que quando precisar vai voltar, digo que vou esperar.
Saio do caro e um vento frio me acerta. Frio. Ainda é cedo da noite.
05/06/2009
21:18
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