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Mostrando postagens de junho, 2016

SÓ O OURO.

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Santigold não consegue cansar de si mesma. E nem eu consigo cansar de ouvi-la. Parece clichê pegando a música nova da cantora, e é, e também não é. Mas venho acompanhando o trabalho de Santi White dês de 2008, quando lançou seu primeiro disco, “ Santogold ”, e tanto esse quando seu sucessor “ Master of Make -Believe ” foram trilha sonora de meus dias por muito tempo. A moça dês de lá sempre veio mandando músicas boas misturando indie, dub com hip-hop. Neste “ 99¢ ” lançado este ano, Santigold veio com talvez o trabalho mais pop de sua carreira, e o disco tá bom ó, muita música para dançar e ainda umas mais melancólicas com aquela sensação de nostalgia que a moça sabe fazer bem. Na música que abre o disco e que virou um vídeo interativo, Santi canta que é sua maior fã, tem investido em si mesma e que tudo que quer fazer é o que ela sabe fazer de melhor. Pra mim, a senhorita Gold tem feito boas músicas dês de seu começo. Talvez ainda falte despontar prum público maior, talvez es

O DIA ENTRE OS FIOS DO TELEFONE

Pessoas andam pelas ruas de olhos fechados Com puro sonambulismo,  E com seus carros de fibra cega como armas A música toca alto no rádio do vizinho, É sobre amor e outras tristezas Sem preocupações com o futuro Ou com homens que sentem fome. Folhas caídas queimam em pleno meio dia Misturando-se ao lixo O gari reclama; “Que sujeira essa cidade!” E agradece calado pelo emprego. Generais sentados em cadeiras acolchoadas Em salões gigantes com ar refrigerado Conversam sobre o tédio dos tempos, Então se põem a discutir, Planejam a destruição de um país ou dois Para matar o tempo, a gente, o tédio. O dia passa Entre os fios de meu telefone.