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Mostrando postagens de 2016

Play 13.

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Do lado de cá eu fiz uma playlist fim de festa pro fim desse ano. Espero que 2016 tenha sido bom pra você, e que 2017 seja ainda melhor. 1 Black Magic – Band of Skulls 2 Back of Beyond - Band of Skulls 3 Freedun – M.I.A. 4 Disparate Youth – Santigold 5 Lady Blue – Wild Nothing 6 Jonny Was A Friend Of Mine – The Rifles 7 Oblivius (Moretti Remix) – The Strokes 8 Oblivius – The Strokes 9 So Good - Band of Skulls 10 TV Queen – Wild Nothing 11 Victoria – The Rifles Baixe

PLAY 12.

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01 Wild Nothing - Shadow 02 Real Estate - Easy 03 Wild Nothing - Midnight Song 04 Wild Nothing - Nocturne 05 Beach Fossils - Sometimes 06 Teenage Fanclub - The First Sight 07 Wilco - Impossible Germany 08 Television - Venus 10 Television - Marquee Moon Baixar .

VIDA DE INTERIOR.

A Zé Grilo, Procópio, Cecília, Jacó, Celina, Quinha, Josepha, Mazé, Nireuda. In Memorian de Munda. Rebeca vem descendo a rua, já tá ficando moça, os seios já despontam e apontam pro começo da estrada lá embaixo, os peito apontando mais pra cima, e ainda têm 14 anos, veja só! No meu tempo as menina demoravam mais pra criar peito e ficarem mulher. Mas veja só a Elda, treze ano e já é um pedação de mulhé, uma tentação que só vendo. Toda vez que passa por aqui tenho que segurar ozolho porque se não vão junto com ela, e olha que pernas a menina tem! Duas perna morena que tão sempre à mostra por causa das saia pequena que as menina de hoje usa. No meu tempo as menina andava mais vestida. Acho que gosto mais dos tempo de hoje. O problema é só você dizê alguma coisa com uma delas, aí sim é um problema. Você veja o caso da Elda, aos treze ano e já deu aquele problema com aquele sujeito lá do outro lado. Pegaram eles dois não sei onde fazendo não sei o quê, só vi o tamanho da confusã

PLAY 11.

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Garbage , Deep Sea Diver , Peaches , Ex Hex , Patti Smith , Feral Conservatives e Dressy Bessy , numa nova playlist aqui pra quem tiver afim. 1 Garbage - Empty 2 Deep Sea Diver -  Wide Awake 3 Peaches - Lose You 4 Ex Hex - Waste Your Time 5 Patti Smith - Glitter in Their Eyes 6 Feral Conservatives - Twenty-Eight 7 Dressy Bessy - 57 Disco 8 Dressy Bessy - In Particular

HEY MAN, THAT´S NO WAY TO SAY GOODBYE.

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Lembrei de uma conversa onde uma colega me perguntou o que eu tava fazendo e eu disse que ouvindo música. Ela perguntou o que eu ouvia. Falei Leonard Cohen . Ela respondeu que não conhecia. Mandei pra ela “ I'm Your Man ”, que tava ouvindo no momento. Minutos depois ela me escreve que se alguém cantasse assim pra ela um dia, era capaz dela morrer. Mister Cohen parece que sempre soube das coisas.  Leonard fez a passagem, deixando uma obra que parece ser grandiosa. Uma obra que ainda não conheço por completo. Passei a acompanhar o trabalho do cantor tardiamente, na verdade acompanhei de verdade por agora, onde praticamente lançava um disco por ano nos últimos três que estão passando. Mês passado saiu, e pode-se dizer infelizmente, o último disco do cantor; “ You Want It Darker ”. Acho que me identifico mais com essa fase mais velha de Cohen, onde sua voz cada vez mais grave, onde seu jeito de cantar era quase como quem declama profundamente poemas em um microfone. Nestes últimos

ENTREVISTA COM O CANIBAL.

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Issei Sagawa tinha 32 anos quando matou sua amiga Renée Hartevelt . Atirou pelas costas enquanto Renée lia um poema à seu pedido, depois desmembrou seu corpo, guardou algumas partes na geladeira e comeu outros pedaços. Issei vivia na época em Paris, onde fazia pós-graduação em literatura. Renée Hartevelt era uma colega de curso por quem ficou fascinado. Dias após tentar se livrar do que restou do corpo, foi preso. Na prisão foi classificado como insano e deportado para o Japão, sua cidade de origem. Ao chegar no Japão, Issei foi solto, não cumpriu pena. Permanecendo livre, Sagawa foi tratado como um tipo de celebridade, onde foi contratado por editoras para escrever livros. Issei Sagawa escreveu mais de 20 livros e ganhou dinheiro com sua história de canibalismo. Conta-se que hoje vive em Tóquio. A vice fez um documentário onde Issei conta a história.

PLAY #10.

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Um amigo já tinha me falado do Dinosaur Jr muito, muito tempo atrás, mas eu nunca fui atrás de conferir. Uns meses atrás caiu o disco novo deles; " Give A Glimpse Of What Yer Not ", e aí então fui ouvir o som do trio. Gostei ó. E não sei "purquê" na hora que ouvi o som da banda pela primeira vez, lembrei entre um Nirvana e coisas similares, de alguma coisa dos Stooges também. Minha cabeça é bem esquisita em fazer associações. Mas vá lá, brinquei com isso enquanto criava essa playlist aqui. Além dos dinossauros, os dois, tem Pixies , Bully e Wilco . Baixaqui . 1 Pixies - Bone Machine 2 Bully - Brainfreeze 3 Dinosaur Jr - Goin Down 4 Iggy and the Stooges - Sex and Money 5 Dinosaur Jr - Tiny 6 Iggy and the Stooges - Ready to Die 7 Iggy and the Stooges - Dd's 8 Pixies - Talent 9 Bully - Reason 10 Wilco - Box Full Of Letters

OSSOS DO OFÍCIO

Ela chora de saudade E clama pela cidade Que não nos olha de frente. Eu me deito no chão Sinto pedras e agulhas Que aos poucos me penetram Ossos de reserva. Deito-me. Lembro um sonho Que tive noite passada. Penso em transformá-lo em filme.

PLAY #9.

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01 True Nature - Jane's Addiction 02 Kiss It - DOROTHY 03 Baby I Call Hell - Deap Vally 04 Wicked Ones - DOROTHY 05 Wednesday Night Melody - Bleached 06 Got Love to Kill - Juliette and the Licks 07 Whiskey Fever - DOROTHY 08 Don't Wanna Lose - Ex Hex 09 Politiks - Far From Alaska 10 Talk To Me - Peaches Aqui .

SATURNINO.

Ilha Saturnino Vieira não conseguia dormir, saiu da cama e foi à cozinha encher um copo com água para tomar o seu comprimido. Sentia-se infeliz, sabia que se não tomasse um comprimido seria dominado por pensamentos soturnos. Todo homem é uma ilha, você não vai ouvir sinos tocarem, ele pensava, olhando o copo em sua mão. Por alguma razão devia tomar o comprimido com água, ainda que eles, pequenos e cobertos por uma camada lisa e adocicada, não precisassem de ajuda para escorregar pela sua garganta. Ele era uma ilha, o resto era conversa fiada. Enquanto fosse vivo, ficaria sozinho na ilha. Morto, não sabia o que aconteceria. Provavelmente nada. Claro que era melhor estar vivo que morto. Por enquanto. Mas sabia que seu insulamento não tinha fim, comprimidos e mulheres faziam efeito apenas por algum tempo. Todos os prazeres eram fugazes. Todo diálogo era de surdos. Ninguém entendia ninguém. Passou pelo quarto, o copo com água na mão, para ir ao banheiro, onde os comprimidos estavam

UMA ESTRELA.

Uma estrela flutuou e entrou pela persiana aberta de minha janela. Uma estrela branca, um floco de neve. Mas como um floco de neve poderia aparecer nessa cidade? Não sei, talvez seja só a madrugada. Existem tantas coisas que ainda não sei, tantas coisas que estou longe de entender. Levando em conta minha idade já deveria saber de muito, entender tudo melhor. Mas não, passo por essa vida sem dela retirar grandes ensinamentos. O tempo não para, e eu parada no ar sem saber aonde ir. Semana passada encontrei com um antigo amigo de colégio. Quanto tempo fazia? 7, 13, 30 anos que tudo passou? Nem lembro mais direito desse tempo. Todos tão juntos, promessas que o tempo não nos separaria, a turma que sempre estaria unida. O tempo passou e o que aconteceu? Encontro com um ou outro em ocasiões extremamente separadas. Sorrisos e a promessa de uma cerveja, um sorvete, uma conversa. Engraçado, sempre algo frio. O tempo passa e leva com ele pedaços de nós. Meu amigo me disse que estava b

DO ATO DE FALHAR.

A tarde se deita sobre mim Me incomoda O abraço que o sol me dá, Folhas verdes De árvores negras acenam, Eu nunca respondo por que sou tímido. Jovens caminham olhando para o horizonte Moças passam e se insinuam E eu grito de orgulho Por falhar num poema.

PLAY #8

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Fim de semana chegando, e tem música aqui pra quem quiser, numa playlist que fiz recentemente com algumas músicas da Santigold , mais Metric , mais Yeah Yeah Yeahs , mais Wilco , mais Pixies , mais The Kills e Metronomy . Se quiser ouvir, baixaqui . 1 - Santigold - Can't Get Enough Of Myself (Feat. B.C) 2 - Metric – Cascades 3 - Santigold – Banshee 4 - Yeah Yeah Yeahs – Black Tongue 5 - Wilco – Camera (live) 6 - Santigold - Chasing Shadows 7 - Pixies - Blue Eyed Hexe 8 - Santigold - Big Boss Big Time Business 9 - The Kills - Heart Of A Dog 10 - Metronomy - Old Skool

28/07/16

Meu amigo manda uma mensagem e resolvo fazer uma visita. Saio do trabalho mais cedo do que deveria, pego um ônibus, encontro um lugar pra sentar, do meu lado uma garota senta e lê um romance. Trago dentro da mochila o Clube da Luta, que estou terminando de reler. Sei que não vou me concentrar pra ler no ônibus, toca um forró medonho. Fico sentado ouvindo as músicas que escolho. Minutos depois desço na avenida antes do viaduto. Decido cortar caminho pra casa de meu amigo por um parque. Entro e uns 20 passos depois começo a pensar na má ideia que foi. O parque é escuro e começo a me sentir num episódio de Millennium. Eu queria ser o Frank Black. Todos nascemos com uma maldição. A dele era mais legal do que a minha. O parque é escuro e tem muitos gatos e pessoas caminhando e correndo e gente alimentando os gatos que são livres e tem fome e tem doenças e feridas. Corto caminho, vou pra casa de meu amigo. Fazia umas 3 ou 4 semanas que não nos víamos. Sentamos no chão e conversamos

PLAY #7.

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Vem chegando aquele fim de semana, e pra quem tem a sorte de folgar, é só aquele lance de relaxar e aproveitar o tempo livre pra fazer o que se gosta, ou não fazer nada. Eu sempre faço nada. Fazer nada é o que eu mais gosto de fazer na vida. Não ter nada pra fazer é o que me dá vontade de entrar em contato com as coisas que me acalmam. E eu crio trilha pra praticamente todos os momentos que eu posso criar. Ontem, por exemplo, sem nada pra fazer, deitado de molho, passei o dia ouvindo música, e é claro que umas playlistes foram surgindo. Nessa daqui tem músicas novas do Chili Peppers , tem nova do Metronomy também, e tem Pixies e Wye Oak . Baixa aqui e ouve quando e onde você quiser.

NOITE.

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 Frio. Frio pra caramba. Às vezes ficar a noite inteira aqui faz um frio medonho. Algumas noites são bem quentes nesta cidade, mas também faz frio. Pior quando chove. E ainda assim ficar por aqui está cada vez mais complicado, encontrar um bom ponto. Frio. Ainda assim é melhor que o calor. E existem essas pessoas que passam olhando. Do outro lado da rua, que a maioria tem medo de caminhar neste lado da calçada. Eles mudam de calçada, mas, mesmo assim, ainda olham. Dá para saber o que pensam. Mas com isso nem me incomodo. Já quase acostumada a encarar o olhar frio das pessoas. Eu também as julgo. Um carro se aproxima. Eu me aproximo. Mostro os peitos. Pergunto o que vai ser. Ele pergunta quanto. Eu digo. Ele tenta baixar o valor. Eles na maioria das vezes sempre tentam baixar o valor. Digo que vale o que cobro. Ele diz está bem. Falo que tem um motel perto daqui. Ele diz vamos. Dentro do carro o silêncio. E o frio do ar-condicionado. Ele pergunta se chupo bem, quebrando o

PLAY #6

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Tava ouvindo um som por aqui e resolvi fazer uma playlist, saiu uns rocks em vocais femininos. Coisas de banda mais nova e gente mais antiga. Pra quem tiver afim de um som aí, tem download  Aqui ó . 01 Bleachead - Keep On Keepin' On 02 Bleachead - Trying To Lose Myself Again 03 Ex Hex - Beast 04 Metric - Combat Baby 05 The Runaways - Little Sister 06 The Bombettes - Dating Scene 07 Sleater Kinney - Get Up 08 Sarah Jaffe - Mannequin Woman 09 The Kills - Doing To Death 10 The Kills - Heart of a Dog

PÁJAROS.

Cansado de dormir com o sol raiando em suas retinas, resolveu furar os olhos e comer as córneas para findar o problema, transformando todos os dias em escuridão. Assim o fez. Hoje, dorme tranquilo pela manhã o sono que não pode dormir a noite por causa da insônia. Mas, mais tranquilo seria, se pássaros ao lado de fora da casa não viessem cantar como se fosse em seus ouvidos. 05/12/05 05:05 

SÓ O OURO.

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Santigold não consegue cansar de si mesma. E nem eu consigo cansar de ouvi-la. Parece clichê pegando a música nova da cantora, e é, e também não é. Mas venho acompanhando o trabalho de Santi White dês de 2008, quando lançou seu primeiro disco, “ Santogold ”, e tanto esse quando seu sucessor “ Master of Make -Believe ” foram trilha sonora de meus dias por muito tempo. A moça dês de lá sempre veio mandando músicas boas misturando indie, dub com hip-hop. Neste “ 99¢ ” lançado este ano, Santigold veio com talvez o trabalho mais pop de sua carreira, e o disco tá bom ó, muita música para dançar e ainda umas mais melancólicas com aquela sensação de nostalgia que a moça sabe fazer bem. Na música que abre o disco e que virou um vídeo interativo, Santi canta que é sua maior fã, tem investido em si mesma e que tudo que quer fazer é o que ela sabe fazer de melhor. Pra mim, a senhorita Gold tem feito boas músicas dês de seu começo. Talvez ainda falte despontar prum público maior, talvez es

O DIA ENTRE OS FIOS DO TELEFONE

Pessoas andam pelas ruas de olhos fechados Com puro sonambulismo,  E com seus carros de fibra cega como armas A música toca alto no rádio do vizinho, É sobre amor e outras tristezas Sem preocupações com o futuro Ou com homens que sentem fome. Folhas caídas queimam em pleno meio dia Misturando-se ao lixo O gari reclama; “Que sujeira essa cidade!” E agradece calado pelo emprego. Generais sentados em cadeiras acolchoadas Em salões gigantes com ar refrigerado Conversam sobre o tédio dos tempos, Então se põem a discutir, Planejam a destruição de um país ou dois Para matar o tempo, a gente, o tédio. O dia passa Entre os fios de meu telefone.

LUZ.

Acordou no meio da noite e percebeu um ser luminoso ao seu lado expandindo luz, um ser nunca visto por ela antes. Estranhamente não se assustou, mas pensou que por causa da luz não conseguiria voltar a dormir. A luz por sua vez era um tipo de energia confortável, e logo adormeceu e dormiu um sono calmo, acordando no dia seguinte muito mais alegre. Muitas de suas colegas de trabalho a perguntavam o segredo de tanto bom humor e disposição cogitando novo amor. Ela guardava o segredo noturno. Assim foi durante meses, acordava no meio da noite com a estranha luminosidade percebendo que o ser expandia cada vez mais luz ao seu lado na cama, e logo voltava a dormir tranquila. Depois de meses, numa noite acordou como de costume e notou que nenhum ser estava ao seu lado, só a escuridão tinha voltado a lhe fazer companhia. Nenhuma luz ao seu lado existia. E não conseguiu voltar a dormir. Hoje, não conseguindo mais dormir no escuro (todas as luzes da casa ligadas), vive perturbada com u

KING. DO BLUES.

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Eu tinha diversas coisas pra fazer. Pros outros. Domingo é sempre o dia mais corrido. Andando pra lá e pra cá. Aquela impaciência. Dos outros. Pressa pra quê? Tamo caminhando pro mesmo lugar. Levei comigo um som pra colocar no sonzinho que durante a semana rola coisas de padre. Do outro lado sempre vem aquele brega, aquela música de dor de cotovelo. Levei comigo um som pra me acalmar e fazer as coisas fluírem bem melhor pra minha cabeça. -Se eu ouvisse 15 minutos disso aí eu ficava era doida. Me disse uma colega, enquanto rolava já minutos do King of Blues do Davis. Fiquei com vontade de falar que é esse tipo de coisa que eu escuto que me afasta um pouco da loucura que vem da minha própria cabeça e da que vem da cabeça dos outros também. Mas que diferença faria falar isso ou qualquer outra coisa? Cada um escolhe a própria loucura. Ou é escolhido. O disco de 59 do mestre Miles Davis sinceramente é uma das coisas mais bonitas que eu já ouvi do cara, um dos meus predileto

TU ERES DIOS.

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Fazia muito tempo que não entrava em uma igreja. Essa semana, nas 24 horas de sono, de descanso, por acaso me vi perto da igreja perto de minha casa e resolvi assistir a missa. Fazia muito tempo que eu não assistia uma missa, anos, nem lembro da última vez. E entrar na igreja agora, foi como quem entra pela primeira vez. Da missa, eu só lembrava que era um longo rito, que eu nunca entendi. Acho que por isso nunca gostei de assistir. Quando eu era criança, lembro de chorar quando minha mãe dizia que eu tinha que ir a igreja. Não era falta de fé, na época eu nem sabia o que isso era. Apenas aquela celebração era algo muito chata pra mim. Ontem, constatei que continua o mesmo. Dessa vez, talvez pelo dia da semana, senti a igreja como um ambiente muito deprimente. Os velhos, aquele homem pregado na parede, eternamente, aquela sensação de um passo pra morte. Uns 15 minutos de celebração me bateu uma sensação triste. O peito pesado, a depressão leve de todos os dias. E lá, sentando e lev

O CABEÇA DE PROZAC.

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Mancho, cadê teu tumblr? Excluíram. Tu excluiu?! Não, excluíram. Como assim? Sei lá, alguém entrou e excluiu o blog. Ou então denunciaram o tumblr e o próprio tumblr excluiu minha conta, nem sei como foi. Eita, mó paia. Muito ó, eu tinha essa conta dês de 2010, eu acho. Eu seguia uma porrada de tumblr massa, e tinha mais de 2 mil seguidores que olhavam as rumações que eu postava. Mó paia ó. Tu num sabe quem foi que fez? Só tenho ideias. Mancho, isso é coisa de quem não gosta de ti. Tem uma porrada de gente por ai que não vai com a minha cara. Bem normal isso. Ozinimigo! Que nada, eu teria que me ter muita importância pra poder acreditar que alguém não gosta de mim ao ponto de perder tempo comigo. Mais pior que tem, viu, gente assim. Tem uma porrada de gente que não vai com a minha cara. Umas duas, três pessoas que me odeiam de verdade. Sério? Sim. Todo mundo que um dia já me amou, passa a me odiar depois. Eu acho bonito isso ó, o amor que se torna em

O POVO.

A tarde começava a terminar, desci a rua em direção da praça, queria ver o movimento, o povo, quem faz besteira se fazendo de besta. Uns companheiros ficaram vendo pela TV. Faz um tempo que deixei de ver TV. Nem tenho mais uma. Desci a rua. Não muito longe vi uma mulher vestida de amarelo levando um cachorro vestido de amarelo. Soltei uma gargalhada. Eu já podia voltar, mas queria me divertir mais. Dobro a esquina e vejo a multidão na praça. Me aproximo, paro e acendo um cigarro. Fico sacando o povo. No microfone um cara gritava que iria sim, ter impeachment, que o povo clama por justiça. Olhei ao redor, e não vi. Vi um bando de gente branca vestida ridiculamente de verde e amarelo. Uma multidão branca, loiros, uns olhos azuis, cabelos lisos, gente bem alimentada, gente rica, o povo rico da cidade num bairro rico da cidade. Fiquei procurando o povo. Mais ali eu só via advogados, juízes, donos de negócios, empresários, dondocas, madames, novinhas ricas, meninos mimados, cachorros trata

UM VAMPIRO NAS TARDES OCIOSAS.

Separado por um tempo Que escorre de um relógio morto, Atravesso a tarde de sol negro Em meus olhos escuros E Caminho pelo dia Sem grandes preocupações. Respiro o ar cinza Que deforma minhas narinas e pulmões, Participo das ruínas da cidade:                                 Meu corpo. Percebo Prédios, ao meu lado, devagar, E o asfalto Que o calor flutua E precipita em nova estrada. Observando a adolescência da tarde, Percebo como sou bruto Diante das horas, Dos ponteiros alheios         Do Tempo, A ignorar meu cansaço E meus medos, Em relação à vida.

PLAY #5.

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Nada como ter álcool, ter um Hulk guardado pra emergência (essa é a hora de usar), muita música e filmes de terror. Os jogos do fim de semana estavam começados. Nada como isso. Somente descobrir repentinamente no começo da noite que suas férias terminaram. O que não tem remédio, remediado está. E se não tem remédio pra tudo nesse mundo, pro que tiver eu vou tomar. Já diria Lourenço Mutarelli. O que sobra é o resto da noite com pouquinho de álcool, muita música, um Hulk e filme de terror. Amanhã a gente vê o que dá pra fazer.

DIRTY DREAM #3

Estou dormindo e sinto uma presença. Tento acordar mas não consigo ver nada, tudo turvo, cinza. Carlos, escuto uma voz de mulher me chamando. Não me assusto, sei que estou dormindo só, sempre durmo só, só gosto de dormir só. Tento abrir os olhos e vou conseguindo aos poucos. Vejo o teto do quarto, vejo que já é dia, vejo minhas mãos em cima da barriga, mas não consigo me levantar. Sei que estou dormindo ainda e não consigo me levantar. Tento por minutos acordar, sei que durmo e que isso é aquele negócio da paralisia do sono. Tento. Tento. E vou ficando cansado, vou voltando pruma escuridão até tudo ficar escuro mesmo. E quando já estou caindo. Ei. Escuto bem próximo. É uma voz de homem dessa vez. Então me assusto mesmo e vou abrindo os olhos. Vejo o teto do quarto. Tento levantar mais não consigo. Sinto aquela sensação estranha de que tem alguém no quarto comigo. Mais de uma pessoa. Deitado vejo o teto e pouca coisa ao meu redor. Sinto aquele calafrio, meu corpo todo se arrepia e eu n

VAMO CONVERSAR DEVAGARZINHO.

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Envelhecer e morrer são duas certezas que temos nisso que chamamos de vida. E a eterna mudança de tudo que nos rodeia é outra. O tempo que é impiedoso. E é bom que não exista perdão. Até porque não existe nada o que perdoar. (pronto, beleza, agora que já começou no drama, é só dar aquela relaxada, continua) Mas existe uns momentos em que você fecha os olhos e pensa; Pra onde é que eu fui? Onde eu fui soltando os meus pedaços por aí? Pra eu voltar e procurar e catar e tentar colar, reaver alguma coisa. Qualquer coisa que for. São momentos como de um fim de feriadão desses que você se toca que já foi. Pra onde? Sei lá. E faz diferença saber? Mas que já foi. E ficar lembrando de que uns anos atrás eu pegava 4 dias como esse e assistia no mínimo uns 8, 9 filmes. Lia pelo menos uns 2 livros. Caramba, lembro do fim da adolescência de ir pra biblioteca nas sextas-feiras de noite, pegar um livro e na segunda já tá de volta pra devolver o livro lido e pegar outro título

DUAS RODAS.

Dia desses tava voltando pra casa e fiquei pensando em como tá um pouco mais tranquilo andar de bicicleta por Fortaleza . Depois que virou moda andar de bike pela cidade, os motoristas tiveram que começar a respeitar um pouco mais os ciclistas. Quando eu era moleque, praticamente toda noite eu pegava a bicicleta preta que eu tinha e saia pra dar uma volta. Eu nunca tinha aonde ir especificamente, então entrava e saia de ruas do meu bairro, ia até outros bairros e era tranquilo, o movimento de carros era menor na época e o povo respeitava mais. Tinham os assaltos, que eram praticamente o único perigo. Mas a qualquer hora do dia era de boa andar de duas rodas pela cidade. Numa tarde quando eu voltava da aula, dois caras em uma bike apareceram e um deles me deu uma voadora e levou minha pretinha. Dai sem duas rotas comecei a andar mais de pé dois. O tempo foi passando, Fortaleza começou a crescer de uma forma estranha e o trânsito foi ficando mais intenso, se tornando um gran

PLAY #4

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Uma trilha presse fim de semana.

FELLS LIKE TRASH.

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Bully foi formada em Nashiville em 2013, lançaram um ep em 2014 e no ano seguinte “ Fells Like ”, o primeiro disco, com umas porradinhas mesclando Punk com Indie Rock . Nos vocais Alicia Bognanno , vinda de Minnesota . Alicia é uma loirinha lindinha que quando abre a boca solta uns berros consideráveis. O jeito de cantar que vai calmo e nos refrões pro roco rasgado em músicas como “ Too Tough ”, “ Trying ”, “ Trash ” e " Six " me lembraram na primeira audição algo meio Pixies ,  Breeders . E o som da banda talvez esteja por aí, pela banda de Black Francis , Kim Deal , o Nirvana de C obain , e algumas outras bandas dos anos 90. Talvez seja isso. Quem sabe eles tenham outras influências que ainda não consegui pegar. De toda forma, “Fells Like” vem mostrando o som que a banda quer fazer e é um bom disco de estreia. Pode soar um pouco repetitivo na primeira audição, mas pra mim tá valendo escutar, é bom ver gente gritando em microfone, fazendo música com gui

ESSE DIA FOI LOKO.

-Béisso Dilma? -Qui foi? -Mé qui tu faz uma palha assada dessa? -U que?! -Essa parada do teu áudio cum Lulinha! -Quê qui tem pivete? -Todo mundo tá sabenu. -Di história doido, eu mandei o áudio pu nosso grupo fechado. -TU MANDOU FOI PRO GRUPO CAGENTE TEM QUE O JUIZ TÁ LÁ TAMBÉM! -Foi não meimão. -Foi sim. -Foi não -Foi sim! -Vixe pivete, eu mandei errado ó. Mauz aí. Pensei que tinha mandado praquele nosso grupo que fica falando de Big Brother, Inês Brasil e tal. -Nam, tu mandou foi pro juiz, cumadi. -Já caiu na net? -Tá vacilanu é! Foi passanu de whats pra whats e já caiu foi na Globo, dona, tá todo mundo ovinu! -Vixe doido. E agora? -Agora quebrô dentu! Fecha as porta que o povo vai tentá arrombá.