NÃO HÁ CIDADES PARA AMAR.


Elas são demais. Elas são demais. Elas são demais. E elas estão de volta. Totalmente, de corpo e de espírito Rock. Depois de 10 anos sem lançar um disco, 8 anos sem fazer turnê, o trio Sleater Kinney nascido em 94 em Olympia, Washington, resolveu voltar a ativa, pra alegria dos fãs, e deste aqui que vos escreve. E sim, elas estão completamente de volta, com disco novo e muita força.


Quando em 2006 a banda anunciou uma parada, que tanto poderia ser somente um hiato por tempo indeterminado como um rompimento definitivo, uma dor no coração foi sentida por todos que gostavam do Sleater Kinney. Fãs ficaram em quase lágrimas, este que vos escreve foi um deles, e a dor só não foi maior porque as moças seguiram em projetos paralelos e outras bandas.


Corin Tucker lançou dois discos solos matadores, Carrie Brownstein também continuou na música e foi fazer TV, e a baterista Janet Weiss foi tocar no The Shins. Era uma forma de consolo pra todos nós. Eu me fixei em Corin Tucker e em sua carreia solo com força, pra tentar sentir menos saudade do S-K. Mas quando em outubro do ano passado as moças anunciaram uma volta, e ainda mais, um disco novo, o coração vibrou. Com o anuncio de sua volta, o Sleater Kinney ganhou posto de maior banda de Rock do mundo por alguns.


No Cities To Love” foi lançado em janeiro deste ano, e de lá pra cá tem sido trilha sonora destes meses que tem passado em minha vida. As moças estão definitivamente de volta, como eu disse antes, com a força tão características delas. O disco com 10 ótimas canções veio mostrando o que o S-K sempre veio mostrando em todos estes anos, disco após disco, elas estão cada vez melhores. Corin, Carrie e Janet estão tocando melhor, cantando melhor, compondo melhor, estão mais bonitas, e ainda mais gostosas. A idade só fez bem as 3.



E é entre canções boas repletas de riffs poderosos que as moças mostram isso. As músicas vêm falando entre outras coisas sobre consumismo, insatisfação feminina, fama e a mediocridade que esta pode trazer para quem a possui. Na faixa que dá título ao disco, Brownstein canta uma frase que eu poderia ter escrito; “Eu cresci com medo de tudo que eu amo”, e segue como um refrão que se passa sempre em minha cabeça, mesmo antes de ter ouvido este disco; “Não há cidades, não há cidades para amar. Não é a cidade, que é o clima que nós amamos! Não é o clima, é o nada que amamos!” Em “No Cities To Love”, as moças vieram dar voz à essa sensação de deslocamento que sentimos no lugar em que vivemos.

 

Em “Hey Darling”, a canção mais pop do disco, mais melódica e uma das melhores, Corin canta “Parece para mim que a única coisa que se ganha com a fama é mediocridade”. As moças sempre foram boas de crítica. E se elas resolveram começar o disco com uma canção como “Price Tag”, uma música com guitarras e melodias colantes, resolvem terminar o disco com “Fade”, a canção mais difícil do disco, mas tensa e dramática, só pra deixar um pouquinho trabalhoso pra você.

Mas “No Cities To Love” não é um disco difícil, ele começa bem e se desenvolve bem. Sempre com ótimos riffs de guitarras, que vão do bruto ao dançante (exemplo é a canção “Bury Our Friends”) sempre com boas melodias e sempre com ótimas letras. Ao final da audição você termina com a sensação que as moças fizeram um ótimo trabalho, que continuam grandes, e merecem crescer ainda mais.

E o que dizer mais quando uma das tuas bandas do coração resolve fazer vídeo com um dos teus desenhos favoritos?


Aqui abaixo um puta show que fizeram em Washington em fevereiro deste ano. Nele, tocam grande parte do disco novo.

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